# Dia 6 | Ajuda

Gosto de reuniões à mesa entre gargalhadas e arroz de ervilhas (que fizeram o favor de não me dar) abençoados… Mas a reunião permitiu a dissecação de um cachorro (o cachorro agradeceu). Urgia encontrar Ajuda. Partimos à procura da Cruz Vermelha. Nós, as curvas e o nevoeiro. Precisámos de um psicólogo a caminho. A ajuda pressupõe 24 horas de serviço. Algures no quilómetro X atropelei um coelho e nem um DAE funcionou. Disseram que o coelho sobreviveu (Lemon cariño, na tua caderneta de boas acções acrescentaste a morte do Coelhinho da Páscoa, vais para o céu… vais, vais). A Instintiva viu e a Insensível teve um ataque cardíaco. Pedi ajuda ao Psicólogo, assistiu-o… há muito tempo que não circulava numa estrada tão cheia de curvas, com tanto nevoeiro e com uma Lua tão cheia. Fiquei com dúvidas se as curvas eram para me embaralhar, se o nevoeiro era uma mensagem do D. Sebastião (falar nele deu azo a uma aula de História) e se a Lua era um chamamento. Deixei a vassoura em casa mas alguém havia trazido a bola de cristal. Desceu sobre mim uma clarividência e fez-se luz, Lemon cariño, serás um vírus?! 

P.S. Sair do Porto e ir procurar a Cruz Vermelha a Sobreira (seja lá isso onde for, estava escuro e aquela coisa do esquerda direita é complicado) só demonstra aplicação e empenho na fotografia. Algures em Penafiel perdemos o D. Sebastião, em Paredes a Insensível, a Instintiva ficou no Porto à volta e o Psicólogo numa curva a dar assistência ao coelho, o vírus foi sozinho para casa, já não podia ir com o Pai Natal e o Coelhinho ao circo…